Os preços do petróleo caíram mais de 5% nesta segunda-feira depois dos ataques de Israel contra o Irão no final de semana. Ao final da ação israelense, as instalações nucleares e petrolíferas dos persas foram preservadas, sem interromper o fornecimento de energia, aliviando o temor de crescimento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
O petróleo tipo Brent caía 5,5%, cotado a US$ 71,47 o barril, às 8h50 de Brasília. Já o petróleo cru tinha queda ainda maior, de 5,84%, cotado a US$ 67,59, no mesmo horário.
De acordo com a Reuters, os mercados já precificaram a extensão da resposta de Israel ao ataque com mísseis iranianos de 1º de outubro e também a eleição dos EUA que acontece em 5 de novembro.
A natureza mais limitada dos ataques, incluindo evitar a infraestrutura de petróleo, aumentou as esperanças de um caminho para diminuir as hostilidades no Oriente Médio, especialmente se ficar claro que o Irã não contra-atacará nos próximos, disseram analistas à Reuters.
Em outubro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, a OPEP+, mantiveram sua política de produção de petróleo inalterada, incluindo um plano para começar a aumentar a produção a partir de dezembro. O grupo se reunirá em 1º de dezembro antes de uma reunião completa da OPEP+ para discutir melhor o assunto.
‘Direito de se defender’
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, defendeu neste domingo, 27, o direito de seu país em responder ao recente ataque de Israel contra vários pontos do Irã, embora tenha afirmado que Teerã não procura a guerra.
“Não procuramos a guerra, mas defenderemos os direitos da nossa nação e do nosso país. Daremos uma resposta adequada à agressão do regime sionista (Israel)”, assegurou Pezeshkian na reunião semanal do seu gabinete, segundo a agência de notícias iraniana “Irma”.