Líder do país vizinho, que já descobriu reservas no litoral norte da América do Sul e abriu para a exploração de petroleiras estrangeiras, fez anúncio hoje
O presidente do Suriname, Chan Santokhi, anunciou nesta segunda-feira, 25, a criação do programa “Regalias para Todos”, que garantirá a cada cidadão surinamês uma parcela dos futuros lucros provenientes das reservas de petróleo do país.
Segundo o governo, cada habitante do Suriname receberá US$ 750 (cerca de R$ 4,3 mil) anualmente, com juros de 7% ao ano. O programa será implementado assim que o petróleo do bloco 58, localizado na Margem Equatorial, começar a ser comercializado.
“Vocês são coproprietários das receitas do petróleo. É hora de devolver algo ao povo, e vocês vão receber de volta”, declarou Santokhi em discurso pelo Dia da Independência do Suriname. O presidente destacou que o petróleo “não será penhorado”, reforçando que as receitas serão destinadas ao benefício dos cidadãos.
Exploração e perspectivas econômicas
O bloco 58 é uma das áreas exploratórias abertas a empresas privadas no litoral do Suriname. Em outubro, a gigante petrolífera TotalEnergies anunciou um investimento de US$ 10,5 bilhões no projeto, com produção prevista para começar em 2028.
Enquanto isso, o governo estuda antecipar o pagamento do programa para grupos prioritários, como pessoas com mais de 60 anos e aquelas com deficiência, antes do início oficial em 2028.
Impacto regional e geopolítico
O Suriname é um dos países vizinhos do Brasil que já descobriram reservas de petróleo e gás na Margem Equatorial, região que desperta o interesse de empresas como a Petrobras. Apesar das grandes reservas, o país enfrentou atrasos na exploração devido à cautela dos investidores estrangeiros.
Com o novo programa, o governo busca transformar as receitas do petróleo em uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida da população e reduzir as desigualdades no país.
[Grifar] A iniciativa marca uma abordagem inovadora na gestão dos recursos naturais, promovendo redistribuição de riqueza e incentivo ao desenvolvimento nacional.
Fonte:https://exame.com